sábado, 23 de abril de 2016

Resenha- A Garota Que Você Deixou Para Trás, Jojo Moyes

Olá leitores!


Quem nunca ouviu falar de "Como Eu Era Antes de Você", ou de "A Ultima Carta de Amor"? A autora de todos estes conhecidos não é nada mais nada menos do que Jojo Moyes. Além destes, a autora também escreveu "A Garota Que Você Deixou Para Trás", e é deste que falarei neste post.

Sinopse.

Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem pintor francês Édouard Lefèvre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados alemães, Sophie apega-se às lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard. Quando o quadro chama a atenção do novo comandante alemão, Sophie arrisca tudo — a família, a reputação e a vida — na esperança de rever Édouard, agora prisioneiro de guerra. Quase um século depois, na Londres dos anos
2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa com paredes de vidro. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, presente do seu marido pouco antes de sua morte prematura, a mantém ligada ao passado. Quando Liv finalmente parece disposta a voltar à vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Ao mergulhar na história da garota do quadro, Liv vê, mais uma vez, sua própria vida virar de cabeça para baixo. 


Dividido em duas partes o livro conta a história de duas mulheres distintas uma da outra, mas que em seus respectivos tempos travam suas próprias batalhas. Ambas sem os maridos, sofrem com a ausência e com os problemas da realidade.
Sophie, vive no ano de 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, com sua irmã Helène, o irmão Aurélian, e os sobrinhos Mimi e Jean. As irmãs são donas de um café/hotel que desde o inicio da guerra sobrevive com seus poucos clientes que sobraram, comendo o duro "pão preto" e o aguado café. 
A história se inicia com a inesperada invasão do Her Kommandant e sua tropa alemã, em busca do suporto porco roubado. Sophie conta e descreve seu sofrimento ao ouvir seu irmão apanhar, e ao omitir a verdade em meio a tremedeira e temor; a partir deste momento, a vida da familia Bessette muda radicalmente. Os alemães tomam o café das irmãs, passam a fazer suas refeições lá, fazendo com que os moradores da pequena cidade francesa olhassem para as irmãs com maus olhos, principalmente ao notarem a aproximação da protagonista com o Kommandant,  a tudo isso causado por um quadro, que Édouard, o marido preso de Sophie, pintou da amada; sua irmã se questiona se a obsessão do rapaz é realmente pela pintura, e não pela pessoal real.
A Guerra faz milhares de reféns, mas a população não desiste da liberdade de expressão, da possibilidade de se comunicar com entes queridos, e por conta disso a humilhação e a morte só aumenta, assim como os boatos. Cada um se vira a sua forma, e as mulheres, assim, ficam faladas, apenas por tentar se expressar e voltar a ver os maridos; Sophie acaba sendo uma delas, o motivos? Um quadro, e a tentativa de matar a saudade.
A segunda parte do livro conta a história de Liv, uma viúva de 29 anos que ainda vive a sombra do marido morto. A falta lhe ronda e a solidão se tornou a sua única saída, porque mesmo querendo viver a própria vida, não consegue se livrar das coisas que lembra David, entre tudo, o quadro, "A Garota Que Você Deixou Para Trás", o mesmo que condenou Sophie, o mesmo que foi pintado por Édouard, e o mesmo que despertou a paixão do Kommandant, e leva Liv, de 2006, a devaneio e saudade. Mas ao conhecer o charmoso Paul, ela sente que chegou a hora de seguir em frente, e amar novamente, mas é então que o destino lhe prega uma peça, e ela se vê em uma "sinuca de bico", onde todos os seus bens e a sua felicidade, que antes parecia tão próxima, estão em jogo.
Jojo mais uma vez surpreendeu ao publico, a melancolia, o drama, e a intensidade de cada personagem pula das páginas e te atinge em cheio para arrancar lágrimas. Dizer que vale a pena é pouco, o livro é quase uma como obrigação de leitura para quem gosta de um drama, e quem já conhece a autora, deve imaginar porquê. 
Leitura simples, escrita perfeita e enredo bem construído, Moyes emplacou mais uma obra na minha lista de favoritos.

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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Lembro de Quando...




  Lembro de quando você passava, me olhava e eu sorria. Era como se o mundo tivesse parado e só existisse nós dois ali.
Lembro de quando você sorria com seus amigos, eu sorria também, e novamente o mundo parava, e lá estávamos nós. Tens noção de como seu sorriso me animava e o quanto iluminava meu dia?
Lembro de quando você estava com ela e meu coração se partia na mesma hora, meu sorriso sumia, eu perdia o chão, e o mundo parava novamente, mas eu não queria estar ali.
Lembro de quando eu chorei por você, era uma dor imensa que consumia o meu peito, tudo o que eu queria era que aquilo passasse e que você sumisse.
Lembro de quando ti vi pela última vez, de quando você se foi, a dor que eu sentia no meu peito transformou em um grande vazio.
  Você saiu da minha vida e não demorou pra isso acontecer. Às vezes tudo o que você precisa é sorrir para aquecer o coração de alguma pessoa, ou você simplesmente precisa sair da vida dela, para liberta-la de toda a dor que esse sentimento causa.


segunda-feira, 28 de março de 2016

Resenha- Beautiful Burn, Jamie McGuire

Olá leitores!


Depois do meu post da série dos irmãos Maddox, vocês já devem saber o quanto amo Jamie McGuire, e suas criações, e graças a isso mudei completamente meus planos. Minha ideia inicial era uma resenha da série de livros Stage Dive (não que eu não vá fazê-la mais- me aguardem), mas depois de me afundar em mais um livro Maddox, senti a enorme necessidade de falar dele. Sei que aqui no Brasil ainda vai demorar um tempo para sair, sei que não fiz resenha dos anteriores (só até Bela Redenção), mas não pude perder a oportunidade de falar deste livro. Então sem mais delongas, vamos a resenha do recém lançado na gringa: BEAUTIFUL BURN.

"Ele olhou para mim tentando tirar o sorriso do rosto e falhando. "Eu não estava rindo."
"Você está sorrindo. Muito."
"Isso é ruim?
"Não. Eu so estava me perguntando no que você estava pens..."
"Você", disse ele imediatamente. "A mesma coisa que eu estive pensando desde a noite em que nos conhecemos.""

Sinopse:

Recém-saída da faculdade, Ellison Edson caiu até o fundo do poço. Enquanto estava na casa de férias da sua família em Colorado, seu comportamento finalmente chamou a atenção dos seus pais – mas não do jeito que ela esperava. Sem acesso aos milhões que ela sempre deu como certos, e deixada sozinha para cuidar de si mesma, Ellie está cada vez mais fora de controle, cometendo um erro que ela não pode apagar.
Como seu irmão gêmeo Taylor, Tyler Maddox é membro do grupo de elite de bombeiros Alpine, combatendo incêndios florestais na linha de frente. Tão arrogante quanto é charmoso, o estilo de vida nômade de Tyler torna fácil limitar suas relações a uma noite. Quando ele conhece Ellie em uma festa local durante a baixa temporada, sua personalidade extrema e atitude desdenhosa o fascinam no início, mas conforme seus sentimentos crescem, Tyler percebe que os demônios interiores da mulher que ele ama podem ser o inimigo mais forte que qualquer Maddox já enfrentou.

"As pessoas levantaram seus pulsos no ar segurando notas, gritando apostas e vencedores. Maddox olhou para mim com uma luz em seus olhos que eu tenho certeza que ninguém tinha visto em muito tempo, nem mesmo ele. "

"Eu nunca o tinha visto antes mas ele se parecia muito com o meu próximo erro."

Vamos começar falando dos personagens, mais precisamente da principal; Ellison Edson.
De todas as namoradas Maddox está foi a que mais me impressionou, e tenho certeza que vai impressionar vocês também. Ellie é filha de um bilionário dono de uma empresa de tecnologia, mas não é a típica filhinha de papai, na verdade ela está mais para a filhinha rica revoltada, enquanto sua irmã faz o clichê de patricinha. Ellison tenta de tudo para chamar a atenção dos pais, quer tanto que eles reparem nela que arma festas destrutivas e se embebeda e se droga constantemente; mas pelo que podemos ver, isso não ajuda muito.
Outro fato que me surpreendeu bastante foi nossa protagonista também gostar muito do gênero feminino. Sim caros leitores, ela é uma bi assumida, e se isso é bom ou ruim fica a seu critério.
Em uma de suas tentativas de chamar a atenção dos pais dando uma festa, Ellie conhece Tyler, e ele nos é apresentado de uma forma bem típica dos Maddoxes; em uma briga. Com essa deixa, vamos falar do segundo gêmeo:
Tyler é como todos os outros, completamente fogo, ligado a família e apaixonado ao extremo; bem que nossa tia Diane avisou. Taylor que me desculpe, mas seu irmão ganhou de lavada nessa competição. Podemos ver a essência da família expelir de cada letra quando se trata dele. Sendo bombeiro florestal, ele esconde sua carreira do pai assim como seus irmãos, para que não haja preocupação. É ligado a Taylor a ponto de sofrer com a distância, e não negando as origens, é "o pegador"; até conhecer Ellie.
Uma das partes que mais me divertiu foi a confusão, que mais uma vez se repete, foi aquela, que provavelmente já esperávamos; Taylor sendo confundido com Tyler. Em um momento de fraqueza, Ellison acaba se rendendo aos encantos de "Tyler" e se joga em seus braços até que... bem, o Tyler aparece. Para quem leu Belo Sacrifício sabe que Falyn já cometeu o mesmo erro, quando se deu ao luxo de também cair de amor nos lábios do gêmeo errado. Confesso que minha reação se igualou a de quando li o final do livro do Trenton; corri desesperada pela casa, porque vergonha me faz mal. Mas venhamos e convenhamos, quem não gostaria de ter dois irmãos desta família na lesta do "peguei" (Não é mesmo Cami?)?
Outra surpresa que me alegrou muito foi quando, pela primeira vez na história desta série, um homem tomou a atitude e falou grosso. Não aceitou as merdas da namoradinha só porque estava apaixonada.
(perdão pelo spoiler, mas era necessário)
Com relação a história em si, fiquei feliz que Jamie não seguiu pelo caminho de Something Beautiful, que na minha opinião foi o pior dos spinoffs, me arrisco dizer que ela estava com uma grande preguiça ao escreve-lo. Enfim, aprovei o foco que a autora deu a história da personagem, mesmo achando que poderia ter se aprofundado mais. Não foi o melhor dos livros, nenhum vai superar Belo Desastre, e com certeza JM deu umas escorregadas, mas não deixou de lado o estilo que carrega desde Travis e Abby, 
De dez a zero este livro é um sete, e em relação aos dois últimos lançados é um grande padrão. No fim, recomendo a vocês que leiam e se apaixonem como das outras vezes. 

Ps. Para aqueles que não tem o livro digital e ficou curioso com a história é só pedir nos comentários.


terça-feira, 22 de março de 2016

Black Bird - A Fuga, Anna Carey




Hello Everybody!!
Hoje trago mais um resenha pra vocês e desta vez iremos falar sobre esse thriller maravilhoso da Anna Carey, então... Vamos começar.


Sinopse:
"Uma garota acorda nos trilhos do metrô de Los Angeles sem lembrar quem é. Há uma mochila a seus pés contendo uma troca de roupas, mil dólares em espécie, um número de telefone e a instrução “Não ligue para a polícia” Perguntas rodopiam em sua cabeça: Quem é ela? Como chegou ali? O que ela fez? O que significa a tatuagem de um pássaro e o código FNV02198 em seu pulso? Ela mal tem tempo para descobrir sua identidade, e logo percebe que está sendo caçada. Precisa fugir desesperadamente. Não sabe quem são eles, não sabe em quem confiar. Só há uma coisa que sabe com certeza: estão tentando matá-la."
Ano: 2015
Páginas: 228
Editora: V & R



                                           ★

Resenha:
O que fazer quando você acorda sobre os trilhos do trem e não lembra de absolutamente nada? Você não se lembra como foi parar ali, nem mesmo qual é seu nome, nem sua idade, e o que te resta é correr pra longe e tentar sobreviver.
É assim que começa a história da nossa protagonista, totalmente perdida, sem saber de onde veio e pra onde vai. 


"Não me lembro de nada.
O que sei:
- Estou em Los Angeles
- Acordei nos trilhos da estação de metrô Vermont/Sunset
- Sou uma Garota
- Tenho cabelos pretos e longos
- Tenho um pássaro tatuado no pulso direito com o código FNV02198
- Estão tentando me matar"

Ao revirar sua mochila ela percebe que deixaram um bloco de papel com uma caneta, em uma das folhas tinha um recado:
"Não chame a policia. Quando estiver sozinha, ligue 818-555-1748". 
Ela também leva consigo um canivete, água e comida, um cobertor, dinheiro, etc...
Sendo perseguida pela policia e por pessoas desconhecidas dia e noite, ela precisa ser o mais discreta possível. A cada passo que dá, é mais um problema, mais uma complicação, mais uma perseguição.
Com algumas lembranças vagas, a garota começa anotar tudo no bloquinho de papel para não se esquecer dessas memorias tão importantes, que talvez, ajude-a "decifrar" tudo o que aconteceu e o que está acontecendo.

Em uma de suas fugas, acaba conhecendo um garoto chamado Ben, ela por não lembrar do seu próprio nome, inventou um, e agora ela passa a se chamar Sunny.

"Você anda ao lado dele, seus ombros quase se tocando, e precisa se esforçar muito para não se virar, para não olhar uma última vez o policial no fundo do supermercado. Quando chega ao caixa, o garoto esvazia a cesta na esteira, e as maçãs rolam cada uma para um lado.
- Meu nome é Ben, por sinal.
[...]
- Eu sou Sunny - você mente. Parece um nome tão bom quanto qualquer outro. Parece real.
   Depois, olha pra trás uma última vez, só pra ter certeza de que o policial não está lá." - pág 18/19

Ben é um cara de confiança e Sunny tem receio de coloca-lo no meio de toda essa confusão, mas mesmo assim acaba cedendo e aceitando as ajudas do garoto. Não temos motivos pra desconfiar dele, mas tudo pode mudar da água pro vinho.

Sunny, apesar de tudo, é esperta e uma boa corredora. Além de conseguir decifrar todo o mistério rapidamente, ela consegue se safar de todos os problemas com facilidade.

Black Bird, como vocês já devem ter notado, é narrado em 2ª pessoa, o que eu achei bem estranho ao saber disso, pensei que seria complicado ler, mas assim que comecei a leitura vi que era tranquilo. A escrita é suave, faz com que o leitor tenha facilidade em entender o que a autora quis dizer com sua narrativa impecável. 
Esse é um livro incrível, com suspense, traição, fugas e perseguições, sangue jorrando, muita ação, e com um toque de romance.

"Uma história eletrizante, contada em segunda pessoa. Este thriller inovador, de tirar o fôlego, traz ao gênero novos limites e novas ambições." - Kirkus Reviews

Sem sombras de dúvidas, eu recomendo cem por cento esse livro, o mundo precisa ler essa obra maravilhosa da Anna Carey. Black Bird - A Fuga tem continuação, o livro se chamam Dead Fall - A Caçada, o qual eu ainda não li, mas espero ler o mais breve possível, porque com esse final do primeiro livro.......... Sem spoilers.
Recomendo muito.
   

Vou ficando por aqui, espero que vocês tenham gostado da resenha, não se esqueçam de seguir o blog e compartilhar com os amigos. See you soon, bye!

segunda-feira, 14 de março de 2016

Terra de ninguém



Vi coisas, vi pessoas, ouvi histórias e desabafos que me fizeram enxergar que a maior parte dos habitantes dessa "terra de ninguém", na verdade, não vale a pena. Já se foi o tempo em que o mundo era bom para se morar; hoje vivemos no século do racismo, homofobia, preconceito, bulliyng. 
As vezes eu me pergunto "Quem o homem pensa que é para tratar o seu próximo assim?" Viemos do pó e pó vamos virar, nascemos da carne e no fim a terra nos espera. 
É tão fácil para o homem rir do menos favorecido, a dor daquele que vai não afeta aquele que fica, certo? Errado, porque não sabemos o dia de amanhã, não temos ideia do que nos espera ao atravessarmos a rua, ao entrarmos em um carro, ao acordarmos. Em um dia você tem tudo, no outro você pode não ter nada, então por que rir do outro? Como pode o ser humano se banhar de tanta futilidade? É por isso que desisti do mundo e de seus habitantes. Foi tanta asquerosidade que não era possível respirar. 
Em um dia viro a esquina e lá está ele, o homem, caído de bêbado. Ele mora na rua, e as pessoas o julgam por isso, mas nunca se quer perguntaram sua história. Me contaram que sua casa pegou fogo, sua mulher e filho morreram, ele perdeu tudo e então a sarjeta virou sua casa. Não tem comida, e a noite a fome dói; ele bebe para esquecer, não só da fome mas também da vida medíocre que leva, mas qual é? Alguém quer saber disso? Obvio que não, o homem não é mais homem se anda sujo e fedendo. 
Olá sociedade que pensa no próximo! Ele morreu um mês depois de contar sua história; Pneumonia, solidão ou descaso? Os três eu diria. 
Uma parte de mim morreu com ele.
Uma conhecida tinha uma vizinha, para todos ela era a adolescente problema. Vivia pintando o cabelo de cores diferentes, e as vezes aparecia bêbada em casa "lá pelas duas da manhã", tinha dia que nem aparecia. 
E lá vem o fulano julgar de novo sem saber ' da missa a metade"!
Quase todo o dia os pais dela brigavam, o irmão foi embora de casa, e na escola as pessoas riam dela sabe-se-lá-o-porquêAh! Ela também apanhava do pai quando tentava defender a mãe. Sabe o que aconteceu? Acharam ela morta no quarto em uma manhã de sábado, duas semanas depois de me contarem sua história. Se enforcou por não suportar mais o peso da vida.
Outro dia em uma roda de amigos ouvi sobre um homem, trabalhador, pai de família e negro. Ele era servente de pedreiro, acordava cedo para ganhar dinheiro e colocar o pão de cada dia na mesa para os filhos e a esposa. 
Um dia depois de um dia duro de trabalho, voltando para a casa ouviu um grupo de adolescente gritando, xingando e ofendendo um travesti que ali passava. Coitado deste trabalhador. Tentando ajudar ele também foi ofendido "macaco", "tição", humilhado "volta para a senzala" e como se não bastasse, agredido até a morte.
Pobre sociedade, tão doente, tão preconceituosa, tão... Pobre. Só enxerga as diferenças e nunca as semelhanças.
O mundo é feito de pessoas hipócritas, racistas, egoístas, preconceituosas, presunçosas e que só olham para o próprio umbigo. Todos os dias no mundo morrem milhares de pessoas como aquele morador de rua, como aquela vizinha, como aquele homem por causa de outras pessoas que só pensam si mesmo. Todos os dias eu vejo na rua pessoas pedindo, pessoas dormindo na sarjeta, andando sem rumo com seus "vira-latas" para cima e para baixo, e também vejo pessoas comendo lixo. O homem olha, se indigna, torce o nariz, mas não faz nada, porque para eles, aquela situação até abala, e mexe com ele, mas é momentâneo, porque aquela imagem não vai afetar a sua vida. É mais fácil ignorar.
Eu desisto do mundo, do seu egoísmo e egocentrismo. O mundo fede, o mundo é podre. Tudo é motivo de briga, de crítica, ninguém pode ser diferente do padrão que a sociedade impõe.
Não seja gay.
Não seja negro.
Não seja pobre.
Não seja gordo.

Seja apenas, e só aquilo o que a sociedade não julgue.
Seja hetero.
Seja branco.
Seja rico.
Seja magro
, porque se você não for isso, você não é gente, você é a escória da sociedade e não serve.
É tão difícil olhar para alguém diferente de você e sorrir? É difícil ouvir a opinião alheia sem gritar?

O mundo é gay, o mundo é negro, o mundo é pobre, o mundo é cristão, o mundo é das ruas e do sertão, mas mais do que isso o mundo, infelizmente é homofóbico, preconceituso, racista... E infelizmente está longe de acabar com as diferenças que o próprio homem cria em sua cabeça.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Resenha: Amor À Segunda Vista, Mhairi McFarlane


Hello Everybody!!

Quero começar já pedindo mil desculpas pela demora, sei que estamos bem no comecinho do blog e o cero seria postar praticamente todos os dias, e por causa da escola tivemos que deixar o blog parado, mas agora estamos de volta. Então, sem mais delongas, vamos para a resenha.


Sinopse:
"Apesar de ter passado por alguns encontros esquisitos, Anna se considera muito feliz. Tem trinta e poucos anos e um emprego que ama; a vida é melhor do que jamais imaginou. As coisas, porém, nem sempre foram assim: seus anos sofrendo bullying no colégio são difíceis de esquecer.
Então, quando James Fraser, o garoto responsável pelo momento mais horripilante da adolescência de Anna, aparece de surpresa em sua vida, tudo vira de cabeça para baixo. James parece outra pessoa, e Anna se sente uma idiota por confiar nele. Mas as pessoas podem mudar... certo?"

Ano: 2015
Páginas: 368
Editora: 
HarperCollins
Nota: 4/5

"Escola de Ensino Médio Rise Park, East London, 1997         Último dia letivo."

Já começamos o livro com o drama que Aureliana sofria na época de escola, Anna sofria bullying por seus colegas apenas por ter uma aparência "inferior" e por ser acima do peso. James Fraser era o "deus da Rise Park", como dizia a própria Anna. James era como estrela do rock na escola, era popular, babaca típico, tinha todas as garotas aos seus pés, e o pior de tudo, era o maior sonho/pesadelo de Aureliana, e nesses pesadelos a maior companhia de James era seu melhor amigo, Laurence (que toda hora era confundido com uma mulher por mim); e logo nesse comecinho presenciamos uma das atitudes cruéis desses garotos com Anna.


"16 ANOS DESDE QUE TÍNHAMOS 16 ANOS!!!!!"

Já agora no presente, Anna decide ir ao (re)encontro de sua turma na Rise Park, depois da insistência dos seus amigos. Quando ela chega ao bar em que todos iriam se reunir, Anna se depara com Lindsay Bright e Cara Taylor, as ignorantes, patricinhas e babacas da turma de 1997, nenhuma das duas (que também eram super cruéis com Anna na época da escola) a reconhecem, para elas não passa de uma mulher qualquer em um bar. Anna opta por se acomodar em uma mesa distante. Uma coisa que não podemos deixar de ressaltar é que Anna agora está com um ótimo corpo escultural, linda, com uma aparência de dar inveja as outras mulheres, agora ela não mais uma "elefante" (como dizia seus colegas de turma), 

"James estendeu a mão para apertar a dela. Estava fria e um pouco úmida. Ela lançou um olhar ao mesmo tempo intenso e ilegível."

Anna está tão mudada, que assim como Lindsay e Cara, James e Laurence não a reconhecem quando a encontram. Laurence não mudou nada desde os tempos de escola, continua o mesmo esnobe e mulherengo de sempre, o que é completamente visível quando ele resolve dar encima de Anna. Já James mudou completamente, enquanto seu melhor melhor amigo está despreocupado com a vida, e só se preocupa com quantas vai pegar na semana, James se preocupa com sua vida pessoal/amorosa profissional. Anna vê que foi estupido ter ido naquele reencontro, onde ninguém "sabia" quem ela era, e com uma desculpa bem esfarrapada, ela consegue se livrar das garras de Loz e dos olhares da falta de importância do James; ela decide que vai seguir com sua vida como se esse dia não tivesse acontecido.

"Sua alegria cheia de entusiasmo cessou tão de repente que quase mereceu um efeito sonoro. Ela sabia que seu rosto se tornara uma máscara de repulsa, mas era tarde demais para mudar alguma coisa. What the fuuuuuck?..." 

Em um dia comum no trabalho, Anna vai a uma reunião com todos os funcionários e acaba recebendo a noticia que irá ter de trabalhar com James Fraser em um novo projeto da empresa. Tem como isso ficar melhor? Será que o James realmente mudou depois de tanto tempo? Ou será que ele continua o mesmo babaca que era nos tempos de escola? Leiam o livro pra terem as respostas.

"Anna sentiu o golpe surdo de novo. Mas desta vez, a pessoa tinha colocado mais força no movimento do cotovelo. Apesar do barulho e da confusão do lugar, o silêncio entre eles nos segundos seguintes foi pesado e denso."

Amor à Segunda Vista é um livro que se trata de romance e um pouco de drama por parte da protagonista principal sobre o seu passado repleto de bullying. Ao contrario do que a maioria das pessoas pensam, a autora não aborda esse assunto que é bem polêmico, esse não é o foco do livro.
O drama da história é bem leve, como eu já citei, trata-se apenas do que Anna sofreu até sua adolescência.
No meu ponto de vista, achei o romance fraco,mas isso depende de quem lê, depende de cada ponto de vista. Não posso dizer que todos que lerem esse livro achará o romance fraco, clichê, bobo, fofo ou lindo. Como dizia a nossa querida Gloria Pires: não sou capaz de opinar. E pra deixar bem claro, achei o romance fraco, porém isso não faz com que o livro seja ruim.
Amor à Segunda Vista é um livro de leitura leve, mas que também é cheio de surpresas e reviravoltas (isso não faz com que a história seja completamente clichê), querendo ou não, o livro te prende sim, porque você vai querer ver como essa relação entre os personagens principais irá acabar.
    
"... Pense em mim com carinho, como faço com você.Beijos,Anna." 



Me despeço de vocês por aqui, até o próximo post, e leiam Amor à Segunda Vista.
           E mais uma vez: nos desculpe pela demora. Sei que no post anterior a Isa já se desculpou (e nos recompensou com aquele mega post sobre a série maravilhosa: Belo Desastre) por nós duas, mas agora eu estou pedindo novamente. Estamos com varias ideias, textos, resenhas, etc, só falta colocar em pratica, ou seja, publicar aqui pra vocês.
É isso... Nos vemos em breve!